SEGUNDO ATO
O segundo ato é consolidado somente com um personagem. No caso, é o irmão de Mô, Guilherme, assassinado a tiro, em 1967 no Rio de Janeiro, em um confronto de estudantes e polícia. O cenário deve dar condições de infinito. Quanto à iluminação, fica em aberto.
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Guilherme:
Eu nunca tive tanta satisfação em minha vida, como estou tendo nesse momento, pelo fato de estar aqui com vocês. Eu não quero, nem por um momento, fazer julgamento. A seqüência destruir e construir, ou vice-versa, é uma obra divina e não vai ser eu aquele que , pela primeira vez, deixara de aceitar os termos. A cada período de vivência, a gente acaba por entrar em choque espontâneo com nossas atitudes, sendo que , nesse intermédio, as conseqüências vão se agravando e nos deixando em situações críticas. Uma das bases para tal acontecimento são nossos sentimentos, que são incontroláveis por natureza. E é justamente por essa causa que temos de ser naturais em nossas atitudes, mas sem fazer o que eu fiz: entrar de cara pra trás na espontaneidade de sentimentos e ser nada mais que escrúpulos para terceiros. Eu, por um momento, devo ter perdido minha parte racional, pois é pensando que teremos condições de controlar nossos sentimentos, em conseqüência de nossas atitudes boas ou más. E não podemos deixar de fazer isso em nenhum momento de nossas gloriosas vidas. Parece concreto, no entanto tudo entra em definição com abstrato. Até poderíamos dizer que isso é um sonho louco em tempos de homens de sanidade psíquica emocional. Se você olhar pela janela do cubículo onde, naturalmente, você deve é vegetar, você poderia
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