BARRA DE JEANS - TEATRO DE MARCO MENDES di SIERVULI

tomado atitudes muito importantes até hoje.
A geração dos anos 60 é e foi uma geração de importância global, pela maneira como tudo foi feito e está sendo feito. Não vamos esquecer que houve erros. Não, nunca vamos esquecer, justamente porque não paramos. Muito pelo contrário: levantamos.
Aos quatro rapazes de Liverpool, nosso reconhecimento por tudo o que fizeram ao liderarem uma geração, ao mudarem os padrões de comportamento do século XX, ao fazerem dessa geração uma geração de paz e amor.
Queremos ser para todos vocês, nesse momento, mais um pouco de força para nunca deixarmos de lutar pela paz, para nunca deixarmos de fazer cultura, para que nunca esqueçamos que nossas cabeças continuam sendo de maior importância e fundamento dentro de nossas vidas. OK?
João:
Um acontecimento dos mais favoráveis cem aí.
Gioconda:
Virou vidente agora?
João:
Nada disso. É que temos muito trabalho pela frente. Não podemos deixar a peteca cair. Os acontecimentos podem ser mudados. Não podemos perder tempo.
Gioconda:
Que coisa mais esquisita!
Nesse momento, Marcita começa a rir. Cada vez mais alto.

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Vai para frente do palco e começa a rasgar a roupa. A iluminação deve ser feita em foco direto. O tipo nu fica livre.
Marcita:
Eu não transei com ele. Eu não pude. Eu, fiquei com medo. Teve um dia que quase aconteceu, mas eu cortei. Eu não podia ter feito isso. Deveria ter transado. Ele mexia comigo, com minha cabeça e com todo o meu corpo. Que loucura! Estou muito triste.(gritando) Guilherme....(pausa) (olha para o seu próprio corpo, faz carícias, começa a respirar fundo, aumentando gradativamente. Tem que ser bem ofegante. Pára bruscamente, olha fixamente para a platéia e diz:) Me desculpe. Eu não podia. Eu queria você. Nunca vou me esquecer de tudo que fizemos ou deixamos de fazer. Me perdoe. Eu nunca podia imaginar que tudo acabaria assim. Eu sonhei tantas vezes com você! Sonhei, Guilherme. Sonhei com as mais lindas carícias e canções que você tanto gostava. Sua cabeça era tão linda! Passávamos horas e horas conversando, falando de nossas vidas, andando nas estradas de nossas cabeças. É verdade: você às vezes brigava comigo, você ficava bravo quando tinha ciúmes. Ficava até mais bonito. Eu era teimosa. Algumas vezes passava dos limites. Eu fazia muita coisa que não tinha nada a ver. Uma vez, dei um tapa em seu rosto, e você me olhou bem no fundo dos olhos. Com determinação, me deu também um tapa no rosto. É, Guilherme, você era terrível, firme. Nós choramos junto depois. Choramos por não saber o porquê de

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